Autódromo de Interlagos receberá ação contra mosquito antes do festival Lollapalooza

O Autódromo de Interlagos receberá, nos dias 12 e 13 de março, o festival de música Lollapalooza. Como no local existem muitos pneus – necessários à proteção aos usuários do vizinho Kartódromo de Interlagos -, os objetos propiciam situações favoráveis ao desenvolvimento do Aedes aegypti. Por conta disso, a equipe da Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS) Capela do Socorro irá realizar a aplicação do fumacê na véspera da realização do evento. Na última segunda-feira (22) a SUVIS realizou ações contra o mosquito no Kartódromo de Interlagos. As iniciativas fazem parte da força tarefa que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem empregado para o controle dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

Maria de Fátima Beu, bióloga responsável pelos Pontos Estratégicos da equipe da SUVIS Capela do Socorro, frisou a eficácia do trabalho realizado antes de outras edições do Lollapalooza. “Nos outros anos do festival nós fizemos o mesmo trabalho e deu certo. Isso foi reconhecido pela população e trabalhadores do Autódromo. Muitas pessoas elogiaram o fato de não ter mosquito durante a realização do evento. Como a época do ano e o lugar são propícios para a procriação do mosquito, nós procuramos dar um suporte maior para que tudo ocorra da melhor maneira possível”, disse Maria de Fátima Beu, bióloga responsável pelos Pontos Estratégicos da equipe da SUVIS Capela do Socorro.

Kartódromo

Durante as ações no Kartódromo de Interlagos, o local foi cadastrado pela SUVIS como Ponto Estratégico. A cada 15 dias é feita uma vistoria. Além disso, de dois em dois meses os profissionais da saúde realizam a aplicação do larvicida BTI (Bacillus thuringiensisisraelensis) no material acumulado.

O larvicida é aplicado na parede do recipiente. Após ingestão, ele age diretamente na larva do mosquito, combatendo-a internamente. Logo, seu crescimento é interrompido, impedindo sua transformação em mosquito adulto. “Analisamos o local, aplicamos o produto e, mesmo com chuvas, seu efeito é residual, agindo no criadouro por até dois meses. O efeito larvicida inicia-se imediatamente após a ingestão pela larva. É um trabalho de prevenção de extrema importância e deve ser executado periodicamente”, afirmou Maria de Fátima.

Já para matar os mosquitos adultos, o tratamento é um pouco diferente. Entra em cena o FOG, popularmente conhecido como “fumacê”. “Na ‘fase alada’ o controle do mosquito é mais difícil, uma vez que ele se dispersa com facilidade. Por isso, a forma como o combatemos tem que ser modificada. Através do fumacê conseguimos atingi-los em voo e, assim, diminuir significativamente sua população, evitando novas posturas de ovos e agindo diretamente no ciclo do mosquito. Para uma ação de controle efetiva, as ações de controle larvário e adulto devem ser concomitantes, além de serem tomadas medidas de manejo ambiental”, disse Patrícia Placoná Diniz, bióloga e Gerente da Vigilância Ambiental da SUVIS Capela do Socorro.

No dia da vistoria no Kartódromo a equipe foi composta por seis pessoas. Inicialmente foi realizada a inspeção em vários pontos de monitoramento no percurso da pista, sendo coletadas larvas em quatro deles. Muitos pneus estavam acumulando água e, muitas das telas de proteção, fora do lugar ou rasgadas.
Após a inspeção foi realizada a aplicação do larvicida em todo o percurso. Foram utilizadas duas máquinas: uma manual, com cabo extensor para aplicação em áreas com maior dificuldade de acesso e outra costal, motorizada, que aplica o produto com maior dispersão

Por Felipe Aires/SECON